Um tribunal boliviano considerou a ex-presidente Jeanine Áñez culpada nesta sexta-feira de orquestrar um golpe que a levou ao poder durante uma crise política de 2019. Ela foi condenada a 10 anos de prisão. Um ex-comandante militar e ex-general de polícia também foram condenados.
Áñez, 54, foi condenada por tomar “decisões contrárias à Constituição” e por “abuso do dever”.
A promotoria disse que Áñez, então senadora de direita, violou normas que garantem a ordem constitucional e democrática após as eleições presidenciais de 2019 na Bolívia. A defesa de Áñez disse que apelaria a órgãos internacionais para buscar justiça, e vários setores da oposição planejaram marchas para protestar contra a decisão.
A Bolívia está dividida sobre se um golpe ocorreu quando o então presidente Evo Morales renunciou em 2019, com Áñez ascendendo à presidência em meio a um vácuo de liderança deixado em seu rastro.
A saída de Morales seguiu-se a protestos em massa sobre uma eleição disputada na qual ele afirmou ter conquistado um controverso quarto mandato consecutivo. Áñez afirma que ela é inocente.
Informações CNN Brasil