Simaria falou pela primeira vez sobre o fim da dupla com Simone em entrevista ao Fantástico neste domingo (09/10) e disse ter se sentido sozinha e sufocada, motivos que contribuíram para o rompimento da parceria musical.
A cantora, que agora mira na carreira solo, admitiu que se sentiu sozinha ao expor os problemas de saúde para pessoas próximas e que falará sobre o tema no futuro.
“Ainda não é hora. Vai ter a hora. Muito (sozinha). Estou fortalecida, mas estou sofrendo. Eu sofro direto, gosto de sofrer”, afirmou.
Questionada se recebeu o acolhimento da família, Simaria se manteve calada.
A cantora também negou ter rivalidade com a irmã. “Inventavam mentiras todos os dias. Nunca tivemos rivalidade uma com a outra. As situações eram criadas por pessoas que estavam em volta”.
E nega ter falado mal da irmã em entrevistas antes do rompimento. “Estava totalmente vulnerável, sem voz, rouca, esgotada e observando coisas que eu não estava gostando no meu trabalho. Aquilo tudo se juntou. Eu disse que não aguentava mais. Não falei mal, mas era como um marido me controlando”.
Simaria conta que depois disso ela e Simone conversaram sobre o rumo da dupla. “Depois de tudo conversamos, nos entendemos aqui em casa. Eu disse que estava sufocando. Somos parceiras, irmãs na vida. A minha ideia era voltar (depois de uma recuperação), mas a Simone queria cantar. Eu queria (que ela me esperasse para voltar a cantar), mas não para sempre. Meu plano era fazer alguns shows e encerrar mesmo. Eu queria uma coisa, e ela outra. Chamei ela para gravar um disco em espanhol, e ela disse que não queria”, explicou.
“Eu gosto do palco, mas não gosto do processo. Essa rotina me adoeceu. No passado eu rodava quase 1 mil quilômetros por dia. A gente não precisava mais disso, poderíamos escolher apresentações. Ela gosta da estrada e queria continuar. Então tudo bem. É uma diferença total”, completou.
A artista conta que começou a ter problemas de saúde após o fim do casamento de 14 anos com o espanhol, Vicente Escrig. “Eu estava rouca demais, sobrecarregada, cansada e estruída. Eu fui a um médico e ele me disse ‘parou, seu calo (nas cordas vocais) não está legal. Agora estou melhor.”, disse.
“Tive crises de pânico ao ver meus filhos sofrendo. Meu corpo estremecia. Chorava de ficar caída no chão. Eu não tinha coragem de parar porque estava muito comprometida com o trabalho, a agenda e todos os que estavam envolvidos. Eu via todas essas responsabilidades, mas pensava em também ter dois filhos. ‘Já fez tudo o que você podia, moça. E o preço foi muito alto’”, lembrou.
