O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, convocou advogados da campanha de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) na quinta-feira (20/10) para tentar um acordo em que os dois lados abririam mão de direitos de resposta nos programas de rádio e TV do adversário. E passariam, daqui em diante, a veicular apenas ideias propositivas em suas respectivas propagandas eleitorais.
Os advogados do PT consultaram a direção da campanha de Lula, que resiste a abrir mão de seu direito de se defender na TV, que tinha sido conquistado por determinação do próprio tribunal.
Nesta semana, o petista ganhou o direito de veicular 184 inserções no tempo destinado a Bolsonaro como respostas aos ataques da campanha do presidente que afirmavam que ele foi o mais votado em presídios brasileiros, associando-o a criminosos.
Desde então, a pressão da campanha de Bolsonaro sobre o tribunal se intensificou. Ao ser obrigado a ceder tempo de TV ao adversário, o presidente perderia a oportunidade de bombardear eleitores com suas mensagens na reta final da campanha.
Bolsonaro também ganhou o direito de veicular direito de resposta na propaganda de Lula, mas em número muito menor. Ele teria 14 inserções por ter sido chamado de canibal pelo PT.
Diante do impasse, uma nova reunião foi convocada para esta sexta (21/10).