A disseminação de fake news em grande escala no segundo turno está comprometendo a democracia brasileira e afeta de forma direta o direito de escolha livre e informada do eleitorado, afirma manifesto que será divulgado nessa segunda-feira (24/10) por 16 entidades, entre elas a Comissão Arns e o Observatório do Clima.
O documento também tem como signatários AJD (Associação Juízes para a Democracia), Conectas Direitos Humanos, ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outros.
No texto, as entidades afirmam que, ao ganhar espaço na campanha eleitoral, “a desinformação dificulta o debate público acerca dos temas mais relevantes para o país e, principalmente, afeta de forma direta o direito de escolha livre e informada do eleitorado”.
O documento cita informações falsas sobre o sistema eleitoral e contra candidaturas que têm sido veiculadas a partir de publicações orgânicas e de anúncios pagos, inclusive em dias em que a propaganda eleitoral é proibida. Além disso, menciona o caso de publicações que violam regras das plataformas e que não foram moderadas ou removidas e decisões judiciais não cumpridas por contas, perfis e plataformas.
“A disseminação de desinformação em grande escala na reta final do segundo turno afeta a normalidade e a integridade do processo eleitoral, e pode causar danos irreparáveis ao processo eleitoral e, consequentemente, à democracia brasileira”, indica o manifesto, que defende a resolução aprovada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral na quinta-feira.