Relatório final da Comissão Parlamentar também incluiu hoje (26) o ex-secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o ex-secretário de Estado de Saúde (SES-AM), Marcellus Campêlo, foram incluídos na lista de pedidos de indiciamentos do relatório final da CPI da Pandemia, que está sendo apresentado, nesta terça-feira (25), para a votação dos senadores. O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL), atendeu no início da sessão ao apelo do senador Eduardo Braga (MDB-AM) que solicitou que Lima e Campêlo fossem também indiciados pela crise sanitária e de saúde que atingiu p Amazonas durante a pandemia da Covid-19.
É esperado que o texto elaborado pelo senador Renan Calheiros seja aprovado, mas senadores do campo governista apresentam agora propostas de voto em separado em dissonância com o proposto pelo relator.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), é mencionado 80 vezes no relatório de Renan e lidera a lista dos supostos crimes com dez citações. Há ainda quatro ministros, três ex-ministros, empresários e médicos que defendem tratamentos ineficazes no rol de pedidos de indiciamento de Renan.
O texto desta terça traz 81 indiciamentos, doze a mais do que o apresentado na quarta-feira (20), com 78 pessoas físicas e 2 empresas. Além do governado do Amazonas e do ex-titular da SES-AM, também foi incluído na lista de indiciados o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) pelas “reincidências” em falar informações falsas sobre medicamentos do “kit Covid” durante as sessões da comissão.
Após serem aprovadas pela CPI, as propostas de indiciamento contidas no relatório devem ser encaminhadas aos Ministérios Públicos, incluindo a Procuradoria-Geral da República (PGR), e à Câmara dos Deputados.
O objetivo é que se promova a eventual responsabilização civil, criminal e política dos acusados. Se o documento recomendar mudanças legislativas, elas passam a tramitar como projetos de lei no Congresso Nacional.
Também há a expectativa de levar o documento final ao Tribunal Penal Internacional em Haia (Holanda), assim como ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra (Suíça) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington (EUA).
Da Redação e com informações da CNN Brasil