Nessa quarta-feira (07/12), o Ministério Público Federal (MPF) enviou para a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a denúncia contra a desembargadora Encarnação Salgado, acusada de vender sentenças para membros da facção Família do Norte (FDN) no Amazonas.
Também foram denunciados pelo suposto esquema, os advogados Edson de Moura Pinto Filho, Klinger da Silva Oliveira e Cristian Mendes da Silva, o empresário Thiago Henrique Caliri Queiroz, o então prefeito de Santa Isabel do Rio Negro (AM), Mariolino Siqueira de Oliveira, e o secretário de Finanças do município, Sebastião Ferreira de Moraes.
O subprocurador-geral da Repúplica, Carlos Frederico Santos, reforçou que as provas apresentadas no inquérito que deu origem à Ação Penal 896 também fundamentaram outra denúncia contra a desembargadora, o corréu Klinger e outras 13 pessoas pelos crimes de corrupção passiva e ativa e formação de organização criminosa majorada.
Segundo o representante do MPF, a denúncia narra expressamente que houve recebimento de propina por Encarnação, intermediada por Klinger Oliveira.
Desde 2020, a magistrada era alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar se ela vendia sentenças judiciais. Mesmo punida, a Encarnação deve receber seus vencimentos proporcionalmente.