Na última sexta-feira, David Dias, de 12 anos, morreu após fumar a ‘super-maconha’, um novo tipo de droga sintética, em uma periferia no bairro Campanário, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo informações da mãe da criança, Kelly Santos, o menino havia pedido para ir em uma festa de aniversário, perto de onde moravam e depois em uma pizzaria.
Horas depois, já em casa, David alertou à mãe que estava se sentindo mal, foi levado ao hospital, mas teve uma parada cardíaca e não resistiu.
De acordo com a diarista, desde o mês de dezembro fumar maconha sintética é comum entre as crianças e adolescentes do bairro onde mora.
“O natal das crianças não foi curtido, eu não vou mentir, foi tudo nas drogas. Não tinha mais crianças correndo na rua e se divertindo. Você só via criança vomitando, dormindo… era só droga”, contou a mulher.
Kelly também afirmou que tentava tirar David das drogas e chegou a ir ao Conselho Tutelar sugerir algum tipo de projeto para as crianças da região, contra o uso das drogas, porém, nada foi feito.
A mãe de David conta que ele era um menino extrovertido e cheio de sonhos.
“Ele queria trabalhar, queria fazer faculdade, queria ter o carro e a moto dele”, falou a mãe.
Com medo de que o mesmo aconteça com os outros filhos, ela pretende se mudar do bairro.
“Não dá pra continuar, é muito difícil”, lamentou.