O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, em pronunciamento à imprensa, nesta quarta-feira (3), que tenha adulterado seu cartão de vacinação contra a covid-19. Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Venire, da Polícia Federal, e afirmou que sua decisão de não se vacinar foi uma “visão pessoal”. Bolsonaro, sua esposa foi vacinada nos Estados Unidos com a Jassen e sua filha, de 12 anos, não tomou a vacina. O ex-presidente também se mostrou surpreso com a operação da PF, questionando a democracia do país.
A operação da Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e faz parte do inquérito das “milícias digitais”. A investigação apura a possível falsificação dos dados de vacinação de Bolsonaro, sua filha e sua esposa, Mauro Cid. O objetivo seria burlar as regras de vacinação obrigatória para entrar nos Estados Unidos. Bolsonaro admitiu que seu celular foi apreendido, mas afirmou que não tem nada a esconder.
Bolsonaro, que durante seu governo deu ao menos três declarações públicas em que dizia que não se vacinaria contra a covid-19, fez a seguinte declaração “que bom se estivesse em um país democrático e pudesse discutir todos os assuntos, inclusive vacina”. O ex-presidente ainda disse que sua esposa foi vacinada nos Estados Unidos e que a vacina tomada por ela está documentada. A situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, também está sendo investigada pela PF.
Fonte: Jovem Pan