O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, acusado de espancar sua chefe no ambiente de trabalho, foi absorvido pela Justiça de São Paulo na última quarta-feira (14). O caso ocorreu na cidade de Registro, no Vale do Ribeira, interior do estado. A decisão foi baseada em laudos médicos que atestaram que o réu sofre de esquizofrenia paranoide, tornando-o incapaz de compreender a natureza ilícita de seus atos. O juiz Raphael Ernane Neves determinou que Demétrius seja internado em um hospital de custódia por pelo menos três anos, com a realização periódica de exames de cessação de periculosidade.
O laudo médico utilizado como base pela Justiça de São Paulo destacou que a doença do procurador afeta sua capacidade crítica e pragmatismo. Os sintomas apresentados por Demétrius na época do incidente indicam uma capacidade de entendimento prejudicada e falta de determinação. As agressões cometidas pelo procurador foram registradas em vídeo por uma colega de trabalho da vítima, a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello. A violência do ocorrido causou grande comoção pública.
Após dois dias das agressões, em 22 de junho de 2022, a Justiça de São Paulo decretou a prisão de Demétrius. Testemunhas relataram que o réu tinha problemas em respeitar chefes mulheres. Suspeita-se que a agressão tenha ocorrido após a procuradora-geral abrir um processo contra o procurador por seu mau tratamento a uma funcionária da procuradoria. A decisão da Justiça, embasada nos laudos médicos, levantou discussões sobre a relação entre a doença mental e a responsabilização criminal.
Fonte: R7