Um ataque realizado por um grupo rebelde associado ao Estado Islâmico, contra uma escola na cidade de Mpondwe, Uganda, próxima à fronteira com a República Democrática do Congo, resultou na morte de pelo menos 37 pessoas, a maioria delas estudantes. O incidente ocorreu na noite de sexta-feira e o porta-voz do Exército, Felix Kulayigye, confirmou que os corpos foram levados para o necrotério do hospital Bwera. As autoridades relataram que um dormitório foi incendiado e uma loja de alimentos saqueada, além de resgatarem com vida oito vítimas em estado crítico.
O ataque foi atribuído à milícia Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), que tem sua base no leste da RDC. O porta-voz da polícia ugandense, Fred Enanga, descreveu o incidente como um ato terrorista. As forças de segurança estão em busca dos agressores, que fugiram para o Parque Nacional de Virunga, do outro lado da fronteira na RDC. Segundo Kulayigye, os agressores também sequestraram seis pessoas e as forças estão empenhadas em resgatá-las e neutralizar o grupo.
A milícia ADF começou como um grupo insurgente em Uganda, de maioria muçulmana, e posteriormente se estabeleceu no leste da RDC. Ela tem sido responsabilizada por inúmeros ataques contra civis, e em 2019 declarou lealdade ao Estado Islâmico. Desde então, o grupo tem sido associado a ataques jihadistas na RDC e em Uganda. Esse não é o primeiro ataque a uma escola atribuído à ADF. Em 1998, o Instituto Técnico de Kichwamba foi alvo de um ataque em que 80 estudantes foram queimados vivos e mais de 100 foram sequestrados.
Fonte: Jovem Pan