Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, uma organização paramilitar de mercenários apoiadores do Kremlin, entrou em conflito com o governo russo na sexta-feira, 23. Após o desentendimento, parte dos combatentes do grupo se mobilizou e se dirigiu à sede do governo em Moscou para uma ação que, segundo as autoridades locais, foi considerada um motim contra Vladimir Putin.
Em uma declaração nas redes sociais, Prigozhin declarou guerra ao ministro da Defesa da Rússia, acusando a liderança militar do país de negligenciar a vida dos soldados e prometendo punir aqueles que supostamente causaram a morte de membros do grupo. Ele também afirmou que o governo russo mentiu e ocultou informações da população, acusando o Kremlin de ordenar o desaparecimento de dois mil corpos para encobrir as perdas. Prigozhin enfatizou que a ação não era um golpe militar, mas sim uma busca por justiça.
Em resposta, o ministério da Defesa emitiu uma nota afirmando que as acusações do chefe dos mercenários não correspondem à realidade e são consideradas uma provocação informativa. O Kremlin anunciou que o presidente Vladimir Putin está ciente da situação e que o Exército russo tomará todas as medidas necessárias. Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre o desfecho desse conflito entre Prigozhin e o governo russo.
Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, Putin segue trabalhando normalmente. Ele confirmou ainda que o presidente prometeu punir a “traição” do líder do grupo paramilitar, Yevgueni Prigozhin, afirmando que a rebelião iniciada por ele representa uma “ameaça mortal e um risco de guerra civil na Rússia em meio ao conflito com a Ucrânia.
Fonte: CNN Brasil
