O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Denilson anunciou nesta sexta-feira (11) que finalizou a longa disputa judicial que mantinha com o cantor Belo há mais de 20 anos. Através de suas redes sociais, Denilson informou que chegou a um acordo amigável com Belo, pondo um ponto final na contenda, cujo embate se originou da aquisição dos direitos da banda de pagode Soweto, da qual Belo era vocalista, em 1999. Detalhes financeiros do acordo não foram divulgados.
Em um comunicado divulgado em seu perfil no Twitter, Denilson enfatizou que as desavenças entre ele e Belo nunca foram pessoais, mas sim jurídicas. O ex-jogador mencionou ter conversado diretamente com o cantor e resolvido suas diferenças de maneira amigável, alegando que a importância estava em encerrar um conflito que perdurava por duas décadas. Denilson também divulgou um vídeo em seu canal no YouTube, onde esclareceu os detalhes do acordo e destacou que precisou abrir mão de algumas coisas para chegar a uma resolução.
A contenda judicial teve origem em 1999, quando Denilson adquiriu os direitos da banda Soweto por cerca de R$ 1 milhão. A disputa se intensificou em 2000, quando Belo deixou o grupo para seguir carreira solo, e Denilson abriu um processo alegando quebra de contrato. Em 2004, a Justiça favoreceu Denilson, determinando que Belo pagasse R$ 388 mil. Entretanto, o cantor nunca reconheceu Denilson como proprietário dos direitos do Soweto e se recusou a quitar a dívida, que, com correções monetárias, ultrapassou os R$ 7 milhões.
Em 2017, Denilson acionou a Justiça de São Paulo para assegurar o pagamento da dívida, resultando no bloqueio e penhora de cachês de shows e valores recebidos por Belo de emissoras de televisão. Na mesma época, Belo tentou reverter o cenário, entrando com uma ação de indenização por danos morais contra Denilson, alegando que se sentiu “humilhado, constrangido e incomodado” com uma cobrança feita pelo ex-jogador em redes sociais. Agora, com o acordo anunciado, a longa batalha judicial entre os dois chega ao seu desfecho.
Fonte: CNN Brasil
