O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confessou à Polícia Federal que entregou pessoalmente o dinheiro da venda de dois relógios recebidos pelo ex-presidente de delegações estrangeiras.
Os relógios, um Rolex e um Patek Philippe, foram vendidos por US$ 68 mil cada. O Rolex foi adquirido novamente por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O paradeiro do Patek Philippe é desconhecido.
Cid afirmou que o dinheiro da venda foi depositado na conta de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, e posteriormente sacado e entregue em espécie a Bolsonaro. O ex-presidente teria solicitado a quantia para quitar dívidas.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid no último dia 9. O militar está usando tornozeleira eletrônica e proibido de entrar em contato com outros investigados, incluindo Bolsonaro.
Cid é investigado por suposta falsificação de cartões de vacinação da família Bolsonaro, envolvimento no esquema de venda de joias recebidas pelo ex-presidente e participação em tratativas sobre a simulação de invasão a urnas, bem como estímulo a atos como os ataques ocorridos em 8 de janeiro.
Fonte: Jovem Pan