Conforme concluiu a Controladoria-Geral da União (CGU), o registro de vacinação contra a covid-19 no cartão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro é falso, apontando “inconsistências nos registros” fornecidos pelo Ministério da Saúde. As investigações não identificaram a responsabilidade pela fraude no documento.
Em maio do ano passado, Bolsonaro foi alvo da Operação Venire da Polícia Federal, que investigava um suposto esquema de falsos registros de vacinação. A CGU constatou que o ex-presidente não estava em São Paulo no dia da suposta vacinação, e o lote da vacina indicado não estava disponível na data na Unidade Básica de Saúde (UBS) paulista mencionada.
A investigação da CGU também revelou que Bolsonaro voou de São Paulo para Brasília um dia antes da suposta vacinação, não realizando nenhum outro voo até pelo menos 22 de julho de 2021. A análise do lote da vacina levantou suspeitas, uma vez que o imunizante não estava disponível na UBS na data indicada. A CGU concluiu que o esquema não envolveu servidores do Ministério da Saúde. Durante as investigações, testemunhas na UBS Parque Peruche, em São Paulo, negaram ter visto Bolsonaro no local no dia mencionado, e registros físicos da unidade não confirmam sua presença.
Os resultados das investigações serão encaminhados às autoridades estaduais e municipais de São Paulo para as devidas providências.
Fonte: CNN Brasil