Quatro pontos comerciais, no mínimo, estão na mira de equipes da Polícia Federal na manhã de hoje
A Polícia Federal do Amazonas (PF-AM) deflagrou a “Operação Francamente” para investigar fraudes cometidas por empresas de venda e locação de veículos em Manaus. Desde as primeiras horas desta quarta-feira (17), equipes da PF estão em concessionárias, como a empresa São José Veículos, localizada no Conjunto Jardim Paulista II, nº 2555, na Av. André Araújo, bairro Aleixo, zona sul da capital.
De acordo com os dados cadastrais da empresa, de propriedade de Jair de Oliveira Gonçalves [Razão Social da São José Veículos], a principal atividade econômica é a locação de automóveis sem condutor. A Polícia Federal do Estado também realiza ações nesta momento, no mínimo, em mais três lojas do setor: a Braga Veículos, na Av. Ramos Ferreira, nº 2378, no Centro; no edifício comercial The Office, na Av. Mário Ypiranga, nº 315, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus; e a Garcia Veículos, na Av. Constantino Nery, no bairro São Geraldo, na zona centro-sul da cidade.
A “Operação Francamente” cumpre 22 mandados de busca e apreensão tantos nos estados do Amazonas quanto de Mato Grosso. Foram decretados ainda o afastamento de sigilo telefônico e fiscal dos envolvidos, bem como o sequestro de veículos e de um imóvel. O nome da operação faz uma analogia à Zona Franca de Manaus (ZFM), uma vez que as peças centrais do esquema criado pela organização criminosa são veículos oriundos desse polo industrial.
Os mandados foram expedidos pelo juiz federal da 5ª Vara Federal Criminal da Subseção da Justiça Federal em Mato Grosso (SJMT), Jeferson Schneider, a pedido da Polícia Federal e do MPF, por meio de sua unidade em Cáceres. A operação ainda conta com a participação da unidade regional de Cáceres (MT) do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), além do Gaeco do Amazonas.
A Polícia Federal protagonizou os levantamentos de campo para deflagração da “Operação Francamente”, em conjunto com agentes do Gaeco de Mato Grosso. Na execução das buscas participam servidores da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público de Mato Grosso e dos Gaecos de Mato Grosso e do Amazonas.
“Estima-se que cerca de 16 milhões de reais em ICMS tenham sido sonegados, somente em Mato Grosso, informação que foi obtida na fase investigativa, autorizada judicialmente, atuação essencial para o resultado alcançado”, explica o promotor de Justiça Augusto Lopes dos Santos, coordenador do Gaeco Regional de Cáceres.
Da Redação e com informações da assessoria