Os militantes Houthis, com apoio do Irã, assumiram a responsabilidade pelo suposto afundamento do navio britânico Rubymar. O incidente ocorreu no Estreito de Bab al-Mandab, onde um porta-voz houthi relatou danos graves à embarcação. A tripulação abandonou o navio, e o Reino Unido, que já condenou as ações do grupo pró-palestino, afirmou seu direito de retaliar.
Além do ataque ao navio britânico, os houthis afirmam ter atingido dois navios norte-americanos no Golfo de Aden. Os ataques do grupo iemenita começaram em novembro em solidariedade à Faixa de Gaza, alvo das operações militares israelenses.
Os frequentes ataques a navios de países ocidentais têm levado muitas empresas a revisar suas rotas e evitar o estreito, responsável por cerca de 12% do comércio marítimo global. Tropas norte-americanas e britânicas têm visado alvos militares houthi no oeste do Iêmen.
O alerta do ataque foi dado por volta das 20h de domingo (18). A autoridade britânica para trocas comerciais foi avisada de “uma explosão perto de um navio”, que resultou em danos. O navio levava fertilizante. Depois do ataque, toda a tripulação o abandonou e se encontra em boas condições.
“Navio ancorado e tripulação em segurança. Autoridades militares continuam no local para continuar a dar assistência”, disse a autoridade britânica para trocas comerciais. As autoridades do Djibouti anunciaram ter feito o repatriamento da tripulação, de 11 sírios, quatro filipinos e três indianos.
Segundo informações da empresa de segurança Rubymar, o navio estava em trânsito entre a Bulgária e a Arábia Saudita quando foi danificado por dois mísseis lançados. Pouco depois, os Estados Unidos declararam ter realizado cinco ataques contra navios em regiões controladas pelos houthis, alegando que representavam uma ameaça à segurança das embarcações americanas.
De acordo com informações da BBC, o aumento dos ataques por parte dos houthis a diferentes navios torna cada vez mais provável que britânicos e norte-americanos sejam alvos. Na União Europeia, os ministros dos Negócios Estrangeiros aprovaram uma missão especial destinada a proteger suas embarcações no Mar Vermelho, que contará com a participação de navios da França, Alemanha, Itália e Bélgica.
