A Rússia e o Cazaquistão ordenaram a retirada de mais de 100.000 pessoas depois que a neve derretida fez com que rios transbordassem, na pior inundação da região em pelo dos últimos 70 anos.
O dilúvio de água derretida inundou dezenas de assentamentos nos Montes Urais, na Sibéria e em áreas do Cazaquistão próximas a rios como o Ural e o Tobol, que, segundo as autoridades locais, subiram metros em questão de horas, atingindo os níveis mais altos já registrados.
O rio Ural, o terceiro maior da Europa, que flui pela Rússia e pelo Cazaquistão até o Mar Cáspio, rompeu uma barragem na sexta-feira (5), inundando a cidade de Orsk, ao sul dos Montes Urais.
Os níveis de água em Oremburgo, uma cidade próxima com cerca de 550.000 habitantes, estavam subindo.
Sirenes em Kurgan, uma cidade no rio Tobol, um afluente do Irtysh, alertaram as pessoas a saírem imediatamente. Uma emergência também foi declarada em Tyumen, uma importante região produtora de petróleo da Sibéria Ocidental – a maior bacia de hidrocarbonetos do mundo.
“Os dias difíceis ainda estão por vir para as regiões de Kurgan e Tyumen”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres. “Há muita água chegando.” declarou.