Com um aumento de 75% em sua popularidade para pagamentos em 2023, o Pix ainda não é capaz de transferir quantias aproximadas usando o NFC. A afirmação feita hoje pelo presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, é que esta tecnologia será acessível para transações digitais em breve.
O anúncio foi feito em um evento realizado em São Paulo pelo Valor Capital Group. De acordo com Campos Neto, o Banco Central já está trabalhando com o Google Pay e o Apple Pay para implementar o pagamento por aproximação por meio do Pix.
“O PIX por aproximação será possível porque vamos conectá-lo ao banco. Nós estamos trabalhando nisso agora. […] Estamos fazendo uma associação com carteiras como Google Pay e Apple Pay para que, ao invés de colocar seu cartão de crédito, você possa simplesmente colocar o PIX lá.”
O presidente do Banco Central argumenta que o pagamento por aproximação é muito utilizado pelos consumidores por ser fácil de usar, pois o Pix ainda exige o preenchimento manual dos dados ou que o usuário tenha um Código QR para receber o pagamento.
Campos Neto também defendeu a conexão entre métodos de pagamentos entre diferentes países. Como exemplo, ele citou o Nexus, da Ásia:
Acho que a primeira etapa que veremos é a conexão entre pagamentos instantâneos. Podemos observar o que o Nexus está fazendo. Eles decidiram conectar a Singapura à Índia e agora você tem conexões acontecendo com a Tailândia, a Malásia, a Indonésia.
Assim, no futuro, a ideia é conectar o Pix ao Nexus para que os brasileiros possam facilmente fazer transações com pessoas de outros países, tornando o Pix um sistema de pagamento global.
Por fim, o presidente do BC informou que as transações via Pix totalizaram R$ 90 bilhões desde o lançamento do sistema, atingindo um novo recorde de R$ 206,8 milhões em um único dia em 7 de junho.