Cremesp pede que Anvisa suspenda o comércio de PMMA no Brasil

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Reprodução

O Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (5/7) que a venda, distribuição e comercialização de produtos à base de polimetilmetacrilato, também conhecido como PMMA, devem ser proibidos.

Os médicos esperam um método mais eficaz de gerenciar a circulação do preenchedor no país.

O PMMA é um gel plástico que tem sido usado sem seguir as recomendações da Anvisa em procedimentos estéticos, o que resultou em necrose muscular, complicações renais e pulmonares e até morte. O caso mais recente foi a morte da modelo Aline Maria Ferreira na terça-feira (2/7) no Distrito Federal, logo após receber o produto em seus glúteos.

O Cremesp informou que, embora a Anvisa recomende o uso do PMMA apenas em situações e quantidades específicas, como em cirurgias plásticas de pacientes com deformações graves, como a poliomielite, respeitando os limites de segurança, a agência também permite o uso de altas concentrações no mercado.

O Cremesp solicitou uma resposta da Anvisa sobre os procedimentos de controle até segunda-feira (8/7). Em uma nota à imprensa, o Cremesp informou que se a periculosidade do produto não for reconhecida, irá encaminhar o caso à Justiça.

“Produtos a base de PMMA pertencem à classe IV de risco, a máxima, de modo que a ausência de restrições em relação a sua comercialização acaba representando uma ameaça à saúde e segurança da população”, explica a conselheira responsável pela Câmara Técnica de Dermatologia do Cremesp, Eliandre Palermo.

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