Além de ser acusado de estuprar uma aluna de 13 anos, o professor que está preso também disse ter uma filha com a adolescente. O homem, de 37 anos, chegou a dar nome à criança imaginária, de acordo com Caroline Gonçalves, a delegada que conduziu a investigação do caso.
O suspeito foi detido em Alto Horizonte, no norte goiano, na última quinta-feira (1o/8).
Além das suspeitas de estupro contra a adolescente, ele também foi alvo de investigação por enviar mensagens consideradas impróprias para uma outra menor de idade que estudava na mesma escola.
A delegada afirmou que o suspeito ameaçava emocionalmente as alunas. O homem disse à adolescente de 13 anos que sua vida não teria sentido se ela parasse de falar com ele.
Conforme a delegada, um dos argumentos usados pelo homem para que a menina não se afastasse era o de que ela tinha que cuidar de uma filha dos dois.
“Ele insistia em continuar [se encontrando com a adolescente], inclusive falando para ela que tinham uma filha para cuidar, chegando a dar um nome para a criança imaginária”, informou Caroline ao G1.
A delegada também disse que a mãe da menina pensou que estava grávida quando encontrou as mensagens.
O homem não falou durante o interrogatório, disse a delegada.
O acusado “enviava constantemente e-mails para ela, com declarações de amor, pedidos de noivado, falsa vitimação, inclusive com chantagens suicidas”, de acordo com a Polícia Civil.
A diretoria se preocupou porque o suspeito enviou flores para uma aluna do campus. O presente foi devolvido à floricultura com a identificação do autor. Desde dezembro de 2023, ele tem enviado mensagens à vítima.
Conforme o suspeito enviava as mensagens, os episódios depressivos da vítima pioraram. Ela teria solicitado que o suspeito se retirasse.
Enquanto a mãe estava fazendo a denúncia na delegacia, o acusado continuou escrevendo para a aluna. Ao longo da investigação, os policiais descobriram que o suspeito havia sido denunciado anteriormente por um pai de outra aluna da mesma escola usando o mesmo método de mensagem.
Ele foi demitido da sala de aula depois de ser preso preventivamente por estupro de vulnerável.