Elon Musk, proprietário do X, pediu a libertação do fundador do controverso aplicativo de mensagens Telegram. A prisão inesperada de Pavel Durov na pista do aeroporto Le Bourget, em Paris, imediatamente após o pouso de seu avião particular, no sábado, 24, provocou uma intensa discussão sobre onde a liberdade de expressão protegida termina e onde começa o estado de direito.
A princípio, Durov foi detido na França sem uma acusação oficial. No entanto, as autoridades francesas podem acusar o fundador do Telegram de não monitorar o conteúdo ilegal e o comércio realizado pelo Telegram. Os legisladores europeus também estão interessados no X de Musk, pois a Comissão da UE o lembrou recentemente de que ele falhou em cumprir a Lei de Serviços Digitais, que exige que os proprietários de grandes plataformas reprimam sistematicamente o conteúdo falso e enganoso.
O empresário, que também é CEO da Tesla e da SpaceX, pediu à França que “libertasse Pavel”, advertindo que a prisão de Pavel indicava um período perigoso para a democracia.
“A 2a emenda é a única razão, a longo prazo, para que a 1a emenda seja mantida”, afirmou, fazendo referência à liberdade de expressão e ao direito constitucionalmente protegido de portar armas.
“POV: Estamos em 2030 na Europa e você está sendo executado por curtir um meme”, diz o tuíte de Musk.
Musk se mostra cada vez mais como alguém que está tentando impedir a crescente onda de censura e abuso do governo. No início deste mês, o proprietário do X insultou a Bruxelas por sua rígida abordagem à regulamentação. (Musk ainda não expressou críticas à China, que produz metade dos carros da Tesla).
Chris Pavlovski, CEO do rival do YouTube, Rumble, utilizou uma linguagem extremamente severa depois de dizer que havia deixado a Europa “com segurança”.
“A França ameaçou o Rumble e agora cruzou a linha vermelha ao prender o CEO do Telegram, Pavel Durov, supostamente por não censurar o discurso”, postou ele no domingo, 25.
