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Mãe e irmão de Djidja Cardoso concedem entrevista a Roberto Cabrini

Cinco meses após o falecimento de Djidja Cardoso, a ex-sinhazinha do boi bumbá Garantido, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso romperam o silêncio neste domingo (22) e concederam uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini. Durante a conversa, os dois abordaram diversos assuntos, incluindo a criação da seita ‘Pai, Mãe, Vida’, associada ao uso descontrolado de drogas.

Essa foi a primeira vez que Cleusimar e Ademar se pronunciaram sobre a morte de Djidja, após terem sido detidos, sob a suspeita de envolvimento com o falecimento da ex-sinhazinha.

A entrevista, marcada por um clima tenso, trouxe à tona detalhes sobre as circunstâncias da morte de Djidja e como Cleusimar e Ademar lidaram com a perda. A mãe de Djidja declarou que o falecimento da filha e suas repercussões se tornaram um “marco” em sua vida e na sociedade. Ela revelou que não percebeu imediatamente que a filha havia morrido, só tomando conhecimento da tragédia ao amanhecer.

Cleusimar ainda disse que a filha morreu em consequência de uma depressão e que começou a tomar medicamentos para curar a doença.

“Ela sofria de amores que não davam certo e usava muito clonazepam. Eu não acredito em overdose. Se fosse uma overdose, por que Ademar não está morto? Por que eu não estou morta? A escolha que fazemos na vida é individual. Eu nunca obriguei ninguém a usar (a cetamina)”, afirmou.

Ao responder à pergunta de Cabrini sobre a possibilidade de evitar a morte da filha, Cleusimar afirmou que “Nenhuma folha caía no chão sem a autorização divina.”

Cleusimar também esclareceu que não obrigou Djidja nem ninguém a consumir o composto, e que todos utilizavam o ‘livre arbítrio’ para guiar suas vidas do modo que julgavam adequado. Ela também afirmou que não participava de uma seita, mas realizava encontros para meditação utilizando a substância cetamina em sua casa. A intenção do conjunto era vivenciar uma experiência transcendental. Ela também defendeu a liberdade religiosa e garantiu que nunca colocou a vida de ninguém em perigo.

Ao ser questionado porque filmava os filhos sob o efeito da cetamina, Cleusimar disse que era para mostrar que eles estavam se excedendo e como ficavam após o uso.

“Eu filmava eles pra mostrar. Djidja diminua isso. Esse jeito como você fica não está certo. Você está caindo”.

Cleusimar se mostrou suspresa ao ver imagens dos últimos momentos da filha.

Já Ademar Cardoso ao ser questionado se não poderia ter salvado a irmã da overdose por ketamina, ela afirma que um cego não pode conduzir o outro, mas que tentou levar a irmã para o hospital diversas vezes, mas mesmo assim não poderia intervir no destino dela.

“Eu era viciado. Um cego não conduz o outro, a não ser cair no precipício. Minha mãe bloqueou diversas vezes as contas da Djidja.

Ademar revelou que em um momento de alucinação há um ano, teve a visão de que a irmã morreria no dia 28 e por isso tatuou o número nos dedos da mão. O homem ainda mostrou para o Cabrini a tatuagem ‘Pai, Mãe, Vida’, mas disse que não tem relacionamento com seita.

“Tatuei um ano antes da minha irmã morrer. Nesse sonho eu via (o número) 28 e passeava por cima de um caixão, sem ninguém. A mesma cena que a minha irmã passou”, contou.

A demar ainda disse que as reuniões para meditação não seriam uma seita, seria para ajudar no enriquecimento pessoal.

“A seita não era para um enriquecimento pessoal, mas sim uma oportunidade de ajudar os outros”, disse.

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