Um estudo realizado nos Estados Unidos revelou que um suplemento de vitamina K3 pode retardar a evolução do câncer de próstata. A pesquisa inicial foi realizada em ratos e pode indicar uma alternativa de tratamento para a enfermidade no futuro.
A vitamina K pode ser encontrada em vegetais de folhas verdes escuras, como o espinafre, brócolis e algumas variedades de alface. Ela é mais conhecida pelo seu papel positivo na coagulação do sangue e pode ser encontrada em quatro variedades: filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3).
Os pesquisadores concentraram-se no estudo em um suplemento de menadiona (K3) como foco principal. A equipe do professor Lloyd Trotman, do CSHL, descobriu que a menadiona mata células de câncer de próstata ao encontrar e acabar com um lipídio chamado PI(3)P. Sem ele, as células param de reciclar materiais recebidos e eventualmente explodem.
A estratégia fez com que a progressão do câncer diminuísse significativamente nos camundongos. “É como um aeroporto. Se todos os aviões que entram perderem sua identificação imediatamente, ninguém sabe para onde eles devem ir em seguida. Aeronaves novas continuam chegando, e o centro de transporte começa a inchar. Isso, em última análise, leva ao estouro da célula”, explica Trotman.
Os pesquisadores acreditam que o modelo do estudo pode ser replicado em humanos. O público-alvo seriam homens que fizeram biópsias e têm uma forma precoce da doença diagnosticada. “Nós nos perguntamos se seremos capazes de retardar essa doença com o suplemento”, avalia o líder da pesquisa.
Ao estudar a menadiona, os cientistas observaram que a vitamina também pode ser eficaz contra a miopatia miotubular, uma doença genética congênita incurável que impede o crescimento muscular de crianças. Os pacientes com a condição raramente vivem além da primeira infância.
Ao acabar com o PI(3)P com menadiona, eles conseguiram dobrar a expectativa de vida de camundongos com a condição. Se os mesmos benefícios forem vistos em humanos, isso pode significar maior longevidade das crianças diagnosticadas com miopatia miotubular.
Fonte: Metrópoles