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Andanças de Ciganos cobra transparência nas notas do Carnaval 2025

Quase 20 dias após o desfile e a apuração do Carnaval de Manaus, as oito escolas de samba do Grupo Especial ainda não receberam as justificativas das notas dadas pelos jurados, algo inédito na história do evento. A ausência de transparência gerou suspeitas sobre a precisão dos resultados do carnaval de 2025.

Em 5 de março, a direção do Grêmio Recreativo Escola de Samba Andanças de Ciganos enviou um ofício à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas, solicitando as justificativas das notas dos quesitos avaliados, uma cópia colorida do mapa de notas e a lista com os nomes e currículos dos jurados. A empresa contratada pela Secretaria para selecionar os avaliadores, indicada por seis escolas do Grupo Especial, também está no centro da polêmica, já que até agora as escolas não receberam qualquer resposta sobre a divulgação dessas informações.

Além disso, a Andanças de Ciganos exige esclarecer qual foi a empresa responsável pela contratação dos jurados, o processo de escolha deles, quem intermediou as contratações, como ocorreu o pagamento e as passagens adquiridas para os jurados.

“Pela primeira vez na história do carnaval amazonense, as escolas não têm acesso às informações solicitadas pela Secretaria de Cultura. Enviamos o ofício logo após a apuração das notas, com um prazo de 48 horas para resposta, mas até agora a Secretaria não se manifestou”, afirmou Vilson Benayon, presidente da escola.

A escola acredita que a divulgação das justificativas pode modificar o resultado do carnaval em Manaus, como aconteceu no Rio de Janeiro, onde o G.R.E.S. Acadêmicos do Rio entrou com um pedido de revisão das notas após identificar inconsistências. Esse processo de revisão resultou em mudanças nas colocações, com a possibilidade de reclassificação da campeã.

“Em outros estados, como no Rio de Janeiro, houve revisão de notas, mudanças de colocação e até impugnação de resultados. Em Manaus, até o grupo de acesso teve alteração de campeão devido a um erro no somatório das notas. Mas, no Grupo Especial, ainda paira esse mistério”, destacou Benayon.

O presidente da Andanças de Ciganos também criticou a centralização da escolha dos jurados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com a participação de apenas seis escolas do Grupo Especial, em colaboração com o ex-secretário de Cultura, Cândido Jeremias Neto, que esteve à frente da pasta entre outubro de 2024 e janeiro de 2025.

“O que causa estranheza é que, desde que a SEC assumiu a responsabilidade pela escolha dos jurados, não tivemos acesso a informações sobre quem foram os avaliadores. Ficou decidido que os jurados seriam escolhidos fora do Amazonas, especialmente no Rio e São Paulo, onde o carnaval tem mais profissionalismo. No entanto, até agora não recebemos nenhum dado sobre os jurados”, afirmou Benayon.

Diante da falta de resposta, a Andanças de Ciganos anunciou que recorrerá à Justiça para exigir a divulgação das notas e demais informações solicitadas. “O processo de seleção dos jurados foi financiado com dinheiro público. Queremos saber onde fomos penalizados, por quem e se os jurados tinham a competência necessária para julgar as escolas. Pela primeira vez, não tivemos acesso à empresa responsável pela coordenação dos jurados”, concluiu o presidente da escola.

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