O Governo do Amazonas deu início, nesta quarta-feira (16), à Operação Cheia 2025, com o anúncio do envio de ajuda humanitária para a calha do rio Madeira. A partir desta quinta-feira (17), as cidades de Humaitá, Manicoré e Apuí — que já decretaram Situação de Emergência — serão as primeiras a receber os insumos.
A operação contempla o envio de 160 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água, mais de 26 mil copos de água potável e seis sistemas purificadores do projeto Água Boa. Os materiais partirão do Porto de São Raimundo, em Manaus.
Durante reunião do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos, o governo apresentou atualizações sobre as ações emergenciais e os prognósticos da cheia dos rios prevista para os próximos meses.
Entre as iniciativas previstas estão: distribuição de itens essenciais, reforço no abastecimento de água potável, apoio a produtores rurais afetados e instalação de novos sistemas do projeto Água Boa, que desde 2019 já conta com 700 unidades operando nos 62 municípios do estado.
Na área da saúde, serão distribuídos kits de calamidade com 107 itens — entre medicamentos e insumos para a Atenção Primária. O Barco Hospital São João XXIII será deslocado para Anamã, garantindo assistência médica à população ribeirinha. Um alerta de saúde pública também foi emitido com orientações sobre a leptospirose, em razão das inundações.
Para o setor primário, estão previstas ações como renegociação de dívidas por meio do programa Limpa Crédito Afeam, antecipação de crédito aos municípios atingidos e a aplicação de R$ 5 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar, beneficiando mais de 3,4 mil produtores. Os alimentos serão destinados a instituições que atendem famílias em situação de vulnerabilidade.
Atualmente, mais de 23 mil famílias — cerca de 92 mil pessoas — foram impactadas pelas enchentes em todo o estado. Segundo os decretos municipais, dos 62 municípios amazonenses, oito estão em Situação de Emergência, 18 em Alerta, 25 em Atenção e 11 ainda operam em situação de normalidade. As nove calhas dos rios seguem em processo de cheia, com picos previstos entre março e julho.
