A rede social Bluesky, apontada como uma das principais alternativas ao X (antigo Twitter), está prestes a lançar seu próprio sistema de verificação de contas. Registros encontrados no código do aplicativo indicam que a funcionalidade está em fase final de desenvolvimento.
Diferente do modelo centralizado adotado pelo X, o Bluesky aposta em um sistema descentralizado. A ideia é permitir que organizações sejam categorizadas como “verificadores confiáveis”, e esses, por sua vez, terão a autonomia de conceder selos de verificado a usuários.
A existência do novo recurso foi praticamente confirmada após a publicação acidental de um post no blog oficial do Bluesky na última sexta-feira (18), segundo o site TechCrunch. O texto, que tratava da funcionalidade, estava programado para ir ao ar apenas na segunda-feira (21), o que reforça a proximidade do anúncio oficial.
Novo modelo de selo
Visualmente, o selo de verificação do Bluesky deve se assemelhar aos já conhecidos em outras redes sociais. A plataforma pretende, inclusive, criar um ícone distinto para os “verificadores confiáveis” e outro para os perfis verificados.
Entre os possíveis verificadores, estão veículos de imprensa e instituições com forte presença digital. Um exemplo seria o jornal norte-americano The New York Times, que, como verificador confiável, poderia validar contas de seus jornalistas e demais representantes.
Ao clicar no selo de verificação, os usuários poderão visualizar quais organizações reconheceram aquela conta como autêntica e confiável.
Outro ponto que diferencia o Bluesky é a ausência de cobrança pela verificação, em contraste com a política adotada por Elon Musk no X, onde a verificação passou a ser parte de um serviço pago — uma decisão que gerou críticas e levantou dúvidas sobre a credibilidade do selo.
Com essa abordagem, o Bluesky busca fortalecer sua proposta de descentralização e transparência, e se consolidar como uma alternativa viável e ética no cenário das redes sociais.