Por Vinícius Andrade – Quarto episódio da série, e meus sentimentos continuam mistos até agora. Acho que há muita coisa que funciona, mas também há muita coisa que não funciona. A série traz mudanças na narrativa que são ótimas, porém outras são bem ruins.
Bora começar falando das coisas boas? Beleza, vamos lá… Um dos pontos positivos deste episódio é a introdução do Isaac, o líder da W.L.F.
Cara, o Jeffrey é simplesmente o melhor deste episódio. A atuação dele está sólida, e ele impõe uma presença marcante quando o personagem aparece. Podemos esperar grandes feitos do personagem — que, no jogo, eu realmente pouco me importava e que morreu de forma tão broxa que chega a ser revoltante de comentar.
Porém, a série parece que vai trabalhar o personagem de forma diferente, explorando mais suas motivações e o porquê de ele ter fundado a W.L.F. Aqui já temos sua introdução, né? Ele simplesmente mata geral do próprio pelotão com uma granada, mostrando que é um personagem perigoso e que não mede esforços para alcançar a vitória.
E acima, na foto, temos um momento que também está no jogo: ele torturando um dos Serafitas — e a cena é animal. Cara, o diálogo, a tensão e a direção estão no ponto certo nesse trecho. Curti muito a vibe aqui e espero que a série explore ainda mais o personagem no futuro.
Ellie Tocando Violão ao som de “Take on Me”.❤️
Esse era um momento muito esperado por mim, simplesmente por ser uma das cenas mais bonitas de The Last of Us Part II, e uma das poucas vezes em que temos um pouco de leveza em meio a tanta desgraça. Meu maior medo era sentir a emoção errada — e, graças a Deus, a Bella Ramsey canta muito e conseguiu sustentar a cena. As duas foram grandonas demais aqui.
O primeiro embate da Ellie com a W.L.F e os túneis do Metrô.
Aqui, meus sentimentos já ficam mistos. Acho que há boas intenções, e a direção acerta em alguns detalhes, mas… de boas intenções o inferno tá cheio, né?
Toda a ambientação e o contexto da cena estão ótimos. Como eu sempre digo, eles pegam o que tem no jogo e conseguem adaptar com maestria. Agora, na parte da ação, eu acho que eles pecam um pouco. Poxa, mal começou e já acabou? Eu sei, eu sei que a série quer ser mais realista e tal, mas, pelo amor de Deus, a gente assiste TV pra ver mentirada! Eu quero ver a Dina e a Ellie metendo bala em geral! Quero ver a porrada cantar — mas os caras não deixam.
A parte do metrô já me agrada um pouco mais, mas ainda acho que ela foi melhor feita no jogo. “Ah, mas você quer comparar jogo com série…” Gente, não é questão de comparar — mas quando você decide adaptar algo de uma mídia como um jogo de PlayStation, é inevitável fazer comparações. Senti muita, mas muita falta dos esporos nessa cena. E o pior é que a próxima cena que acontece é ridícula — e ridícula pelo contexto em que foi inserida. Teriam feito logo a cena da “maconha”, que é mil vezes mais plausível e melhor.
Sexo após um desespero da porra??
Essa cena aqui é uma vergonha alheia sem tamanho — não só pela tensão que ela tenta construir, mas também pela direção, que no final termina com o sexo mais sem sentido que já vi.
Porra, você passa a noite em claro com medo de ser infectado e, do nada, avança na mina pra fazer sexo num chão sujo? Gente, isso aqui não tem lógica nenhuma, porque quebra qualquer tensão que poderia existir na série. Podiam ter feito melhor, sério mesmo.
Antes tivessem feito a cena da maconha, que faz muito mais sentido. Lá, o clima é leve, um friozinho gostoso, e taca Lapa, rapá. Agora, num momento desses???? Porra, como diria meu querido capitão Nascimento: “Tá de sacanagem, xerife???”
E com isso, terminamos aqui a minha análise do episódio 4. Espero muito que a série melhore ainda mais e me entregue episódios mais bem equilibrados, porque conteúdo tem, história tem — falta apenas saber adaptar.
Série: The Last Of Us 2° Temporada – episódio 4
Data de Lançamento: 04/05/2025
Streaming: Max
Nota: 🌟 🌟 🌟 (Bom)
* O autor é estudante, crítico de cinema e fã de filmes e séries
