As cinzas do fotógrafo Sebastião Salgado, que morreu em 23 de maio aos 81 anos, serão espalhadas na área do programa Terra Doce, no Instituto Terra, em Aimorés (MG). A decisão foi anunciada por familiares no programa Fantástico, da TV Globo, exibido neste domingo (26).
O Instituto Terra foi fundado em 1998 por Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado, com o objetivo de recuperar ambientalmente a antiga fazenda da família. Desde então, a instituição já plantou mais de 3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica, restaurando cerca de 676 hectares de floresta e promovendo ações sustentáveis na bacia do Rio Doce.
Sebastião Salgado nasceu em Aimorés, em 1944. Formado em Economia, com títulos pela Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade de São Paulo e Universidade de Paris, ele trocou a carreira acadêmica pela fotografia, onde construiu uma trajetória internacionalmente reconhecida.
Casado por mais de seis décadas com Lélia, o casal teve dois filhos: Juliano Ribeiro, cineasta e co-diretor do documentário O Sal da Terra (2014), que retrata a vida e obra do pai; e Rodrigo, artista com síndrome de Down que encontrou na pintura uma forma de expressão.
O fotógrafo enfrentava problemas de saúde nos últimos anos, decorrentes da malária adquirida na década de 1990. Dois meses antes de sua morte, foi diagnosticado com leucemia, que evoluiu rapidamente, segundo relato da esposa.