A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (2) que vai reduzir em 5,6% o preço da gasolina tipo A vendida às distribuidoras. A medida entra em vigor a partir de terça-feira (3), com o litro passando de R$ 3,02 para R$ 2,85 — uma queda de R$ 0,17.
Com a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro à gasolina A, a composição da gasolina C — aquela vendida nos postos — terá o valor da parcela da Petrobras reduzido para R$ 2,08 por litro. Isso representa um recuo de R$ 0,12 por litro no preço final ao consumidor.
Segundo a estatal, desde dezembro de 2022, o preço da gasolina às distribuidoras já caiu R$ 0,22 por litro (7,3%). Corrigido pela inflação do período, o recuo chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5%.
O preço final dos combustíveis no Brasil é composto por diversos fatores além do valor cobrado pela Petrobras: impostos federais e estaduais (como o ICMS), margens de distribuição e revenda e custos logísticos.
Até o fim de 2022, a política de preços da Petrobras seguia o modelo de Paridade de Importação (PPI), vinculado ao dólar e ao mercado internacional. A prática foi adotada no governo Michel Temer (MDB) e mantida durante o governo Jair Bolsonaro (PL), com reajustes periódicos.
No início de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a política de PPI. Desde então, os preços passaram a ser ajustados sem uma frequência definida, com foco em reduzir a influência da volatilidade internacional sobre o mercado interno.
Ainda no governo Bolsonaro, durante o ano eleitoral, o ICMS dos combustíveis foi limitado por lei. Em 2023, já sob a gestão Lula, a União firmou acordos de compensação com os estados para cobrir perdas na arrecadação.