Os Estados Unidos enviaram nesta segunda-feira (16) o porta-aviões USS Nimitz ao Oriente Médio, intensificando sua presença na região em meio à escalada de tensões entre Israel e Irã. A movimentação foi detectada pela plataforma Marine Traffic, especializada no rastreamento de embarcações militares.
A embarcação de propulsão nuclear deixou o Mar do Sul da China, cancelando uma escala prevista no Vietnã, e seguiu rumo ao Oriente Médio. Paralelamente, mais de 30 aviões-tanque da Força Aérea americana decolaram de bases nos Estados Unidos em direção ao leste, sobrevoando o Oceano Atlântico.
Com o Nimitz, os EUA passam a operar dois porta-aviões na região — o USS Harry S. Truman já está posicionado no Oriente Médio desde maio.
A movimentação ocorre dias após Israel realizar uma ofensiva preventiva contra o programa nuclear iraniano, aumentando a instabilidade no Oriente Médio. O governo israelense tem elevado o tom contra Teerã, alegando que o avanço nuclear do país representa uma ameaça direta.
Autoridades americanas afirmam que parte das movimentações são rotineiras ou vinculadas a exercícios da Otan, negando envolvimento direto nos ataques israelenses. O Departamento de Estado reforçou que o apoio dos EUA a Israel é limitado a medidas defensivas.
Embora os Estados Unidos não estejam diretamente envolvidos no conflito, o presidente Donald Trump, em seu segundo mandato, sinalizou a possibilidade de uma ação mais ativa, caso a situação se agrave.
O Irã, por sua vez, demonstrou interesse em retomar o diálogo com os EUA. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que Teerã estava preparado para apresentar uma nova proposta nas negociações sobre o programa nuclear. Segundo ele, os iranianos rejeitaram uma proposta americana anterior por conter “elementos problemáticos” e apresentaram uma contraproposta que poderia, segundo Araghchi, “abrir caminho para um acordo”.