O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado na manhã desta quarta-feira (25), no horário de Brasília, no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A jovem caiu em uma trilha no último sábado (21) e permaneceu desaparecida por quatro dias, até ser encontrada sem vida por equipes de resgate.
Juliana fazia um mochilão pela Ásia e participava de uma excursão organizada por uma empresa local de turismo. Durante a trilha no vulcão, ela escorregou e caiu por uma ribanceira, parando a cerca de 300 metros do ponto onde estava o restante do grupo. A profundidade da queda foi estimada em cerca de 600 metros.
Inicialmente, circularam informações de que a brasileira teria recebido socorro logo após o acidente, mas a família desmentiu a versão. Juliana aguardava resgate desde sábado, e as operações foram dificultadas por más condições climáticas, baixa visibilidade e terreno instável. Na segunda-feira (23), os trabalhos precisaram ser suspensos temporariamente por conta do mau tempo.
A retirada do corpo foi realizada por equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, com o uso de cordas, já que o resgate aéreo foi considerado inviável. A operação contou com o apoio de 48 pessoas e utilizou técnicas de salvamento vertical. O corpo foi içado ao amanhecer, quando as condições climáticas permitiram a retomada dos trabalhos, e será levado de maca até o posto de Sembalun, de onde será transportado de helicóptero para o hospital Bayangkara.
Em pronunciamento à TV local One News, o chefe da agência de resgate, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, confirmou a operação. Socorristas envolvidos na missão reforçaram nas redes sociais os riscos do turismo de aventura na região e pediram respeito ao trabalho das equipes de salvamento.
Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalhava como publicitária. Em seu currículo, constam passagens por canais como Multishow e Canal Off, do Grupo Globo. A jovem também era dançarina de pole dance e compartilhava registros artísticos e de suas viagens nas redes sociais, onde acumulava mais de 20 mil seguidores.
Segundo dados do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, o número de acidentes na região quase dobrou em 2024 em comparação ao ano anterior. Foram registradas 60 ocorrências até agora, frente a 35 em 2023. O local é um dos principais destinos turísticos de aventura da Indonésia.