O Google anunciou nesta quarta-feira (26) o lançamento do Gemini CLI, uma nova ferramenta de inteligência artificial voltada para desenvolvedores. A proposta é oferecer um assistente inteligente operado diretamente pelo terminal, com integração aos códigos locais e suporte a comandos em linguagem natural.
Com o novo recurso, profissionais da área de tecnologia poderão pedir explicações sobre trechos de código, criar novas funções, depurar erros e executar tarefas diversas sem sair da linha de comando. A ferramenta amplia o ecossistema de IA do Google, que já inclui soluções como o Gemini Code Assist e o assistente assíncrono Jules.
O Gemini CLI também busca competir diretamente com outras ferramentas do segmento, como o Codex CLI, da OpenAI, e o Claude Code, da Anthropic. Esses sistemas vêm se destacando por sua eficiência, velocidade e facilidade de integração aos ambientes de desenvolvimento.
Apesar do foco em programação, o Gemini CLI oferece funções que vão além da codificação. Entre os recursos disponíveis estão a criação de vídeos por meio do Veo 3, a elaboração de relatórios com o agente de pesquisa do Google e o acesso a dados em tempo real via Google Search. A ferramenta ainda permite conexão com servidores MCP, o que possibilita integração com bancos de dados externos.
O Google também anunciou que o código do Gemini CLI será disponibilizado sob a licença Apache 2.0, incentivando a colaboração da comunidade por meio do GitHub. Segundo a empresa, o objetivo é criar um ecossistema aberto que permita o aprimoramento contínuo da plataforma.
Em relação ao uso, o Google afirma que usuários gratuitos poderão realizar até 60 requisições por minuto e mil por dia — um limite considerado generoso, já que ultrapassa o dobro da média de uso observada durante os testes.
Apesar dos avanços, especialistas alertam para os riscos associados ao uso de IA na programação. Um levantamento realizado em 2024 pela Stack Overflow revelou que apenas 43% dos desenvolvedores confiam totalmente na precisão dessas ferramentas. Pesquisas adicionais indicam que modelos de IA podem gerar códigos com falhas ou vulnerabilidades de segurança.
A empresa também começou a liberar uma nova funcionalidade no aplicativo do Gemini, permitindo que usuários enviem vídeos para análise — algo que amplia o escopo da IA, que antes só aceitava documentos, imagens e links de vídeos do YouTube.
