Enquanto a maior parte dos estados brasileiros registrou queda nos preços dos combustíveis em maio, o Amazonas contrariou a tendência nacional e apresentou alta no valor médio do litro do diesel. Segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade e meios de pagamento, o preço médio do combustível no estado subiu 0,87%, passando de R$ 6,985 em abril para R$ 7,046 no mês seguinte.
A pesquisa, baseada em transações realizadas entre os dias 1º e 26 de maio em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país, revelou que a alta no Amazonas foi a principal responsável por destacar o estado no cenário nacional, que, de forma geral, registrou queda de 2,28% no preço do diesel S-10. O valor médio nacional passou de R$ 6,529 em abril para R$ 6,380 em maio.
Além do Amazonas, apenas Amapá (+0,60%) e Roraima (-0,32%) destoaram da tendência de recuo, evidenciando a variação regional no comportamento dos preços.
O Amazonas também se manteve entre os estados com os combustíveis mais caros do país. Em maio, o litro da gasolina foi comercializado a R$ 7,185, e o etanol a R$ 5,380. Apesar de ter registrado leve queda de 0,26% no etanol, o estado ainda apresenta uma das menores vantagens econômicas no uso do biocombustível. O preço do etanol corresponde a 75% do valor da gasolina — acima do limite de 70% considerado ideal para que o álcool seja financeiramente vantajoso.
Em nível nacional, a gasolina apresentou leve retração de 0,17%, passando de R$ 6,470 para R$ 6,459. Já o etanol permaneceu praticamente estável, com alta de apenas R$ 0,001 (0,02%), atingindo média de R$ 4,502 por litro.
Panorama dos combustíveis no Brasil – maio de 2025
- Gasolina mais barata: São Paulo (R$ 6,241)
- Gasolina mais cara: Acre (R$ 7,599)
- Etanol mais barato: São Paulo (R$ 4,214)
- Etanol mais caro: Acre (R$ 5,490)
- Diesel mais barato: Rio Grande do Sul (R$ 6,066)
- Diesel mais caro: Acre (R$ 7,568)
Estados onde abastecer com etanol é mais vantajoso incluem Amapá, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Roraima e São Paulo. O Amazonas, por outro lado, segue entre os menos vantajosos para o uso do biocombustível.