Nesta terça-feira (12), o governador do Amazonas, Wilson Lima, emitiu um decreto de emergência ambiental no estado, com o objetivo de conter os impactos do desmatamento ilegal e das queimadas. Essa medida foi tomada em resposta ao alarmante aumento no número de focos de incêndio na região.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas já registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro, tornando-se o segundo pior mês de setembro em termos de queimadas desde 2021. No acumulado do ano, o estado contabiliza 11.736 queimadas. O decreto abrange diversos municípios, incluindo Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado, além de áreas na Região Metropolitana de Manaus.
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) coordenará a implementação do decreto, em colaboração com outros órgãos, para desenvolver e executar estratégias de combate ao desmatamento e às queimadas na região. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) liderará a execução operacional das ações de resposta às ocorrências, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP). Também foi anunciado um investimento de R$ 1,1 milhão para remunerar 153 brigadistas em nove municípios do “arco do desmatamento” no sul do Amazonas, como parte de um projeto de cooperação entre a Sema e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
O projeto visa fortalecer a resposta aos focos de queimadas na região, envolvendo diferentes agências de segurança e proteção ambiental. O Corpo de Bombeiros do Amazonas montou uma sala de situação para monitorar e controlar os focos de calor via satélite, fornecendo informações detalhadas sobre as ocorrências de incêndio na capital e no interior do estado.
Fonte: G1 Amazonas