Na manhã desta quarta-feira (23/11), indígenas ocuparam a sede da Funai em Manaus, localizada na rua Maceió, no bairro Adrianópolis, na zona sul. O grupo fez uma série de acusações contra o presidente do órgão, Márcio Rojanio da Ponte Sales, entre elas, denunciam que estão recebendo cestas básicas com alimentos vencidos ou prestes a vencer.
“Esse representante da Funai que diz que índio e não está colocando um produto para ser distribuído para outra instituição, sendo que é da Casa do Índio (…) Não precisava de polícia, eles querem tapar os erros deles e evitar que os indígenas vão para câmera, para mídia mostrar a realidade (…), será se eles querem trabalhar o mês todinho para levar um rancho vencido para os seus filhos? Eu acho que não”, disse o cacique Candiru, representante da comunidade Maquira.
Durante à invasão na Funai, surgiram rumores de que funcionários estavam sendo feitos reféns, mas a versão foi negada tanto pelos índios como por funcionários do órgão.
O grupo também afirma que Márcio teria xingando mulheres indígenas por várias vezes e recebe com hostilidade os líderes tribais que o procuram para resolver demandas dos povos.
O grupo quer a exoneração do servidor e afirma que vai levar o caso às autoridades competentes.
Apesar da retirada da Rocam do local e a liberação da rua, agentes do Companhia de Operações Especiais (COE), acompanham a reunião entre a Funai, a PF e os índios.
Foto: Jander Robson/Portal do Holanda