Há fatos no Amazonas que não param de causar espanto e, ao mesmo tempo, indignação na população. Por aqui, o cidadão vive acuado e aqueles devem alguma coisa à Justiça desfilam livremente, posando de patrão.
Um deles é Givancir Oliveira. Figura conhecidíssima das páginas de notícias policiais. Tem várias entradas em delegacia de polícia por crimes diversos, principalmente agressões e, mais recentemente, homicídio.
Presidente de longos anos de sindicato de rodoviários, comanda a categoria com mão de ferro. Anda cercado de seguidores que mais parecem milicianos.
Nesse episódio de assassinato, a vítima foi um jovem travesti, de 24 anos. Ele foi morto a tiros, e Givancir ainda tentou matar a prima desta. O fato ocorreu no município de Iranduba, em 2020, e foi amplamente divulgado pela mídia. Givancir é o principal acusado, tendo sido reconhecido por sobrevivente. Até chegou a ser preso, mas hoje está em liberdade.
Na sua folha corrida na polícia constam também estupro de três adolescentes e até agressão a jornalista. Por este crime já foi condenado a pagar indenização, mas vive fugindo do oficial de Justiça, há anos.
Sem contar que em sua mansão no Iranduba, um bem que destoa dos seus ganhos como sindicalista, a polícia encontrou armas de grosso calibre. Eram usadas, pasmem, por policiais que prestavam segurança na luxuosa residência de Givancir.
Sumido da mídia desde então, Givancir reapareceu agora. E para se envolver em nova polêmica, bem ao seu estilo. Ele saiu em defesa do motorista de ônibus que matou um passageiro.
Essa ocorrência é desta semana, em Manaus. O motorista não parou no ponto em que o passageiro ia descer, o que gerou uma discussão. Conforme testemunhas, o passageiro era trabalhador e voltava para casa. Estava desarmado e foi esfaqueado pelo motorista, e empurrado para fora do coletivo.
O sindicato de Givancir vai dar cobertura de advogados ao motorista.