A BQ.1, subvariante da Ômicron foi sequenciada pela Fiocruz Amazônia no dia 20 de outubro deste ano. No Amazonas, a variante teve seu primeiro registro no final de outubro e já começou a se espalhar pelo Brasil, de acordo com o pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia.
“Nós encontramos um caso da BQ.1 no Amazonas, no dia 20 de outubro. Chamou a atenção porque era uma variante com alerta nos outros países. Ela escapa de anticorpos e isso sempre chama a atenção”, disse o pesquisador.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), informou que a BQ.1 já foi encontrada em 65 países, como Estados Unidos e alguns países da Europa.
De acordo com Naveca, o aumento dos casos de Covid-19 no Amazonas está relacionado a subvariante BA.5.3.1, encontrada em 95% dos casos registrados no mês de outubro no Amazonas.
“Ela já tinha sido detectada no Amazonas em junho, e também em outros estados do Brasil, mas até alguns dias atrás, eram poucos casos relatados no país. Agora, vimos que ela está se espalhando e que possui algumas mutações observadas na BQ.1. Isso já era esperado e mostra que o coronavírus está evoluindo de forma parecida, em diferentes lugares do mundo”, disse.
O pesquisador afirma que não casos graves não estão sendo observados devido a vacinação. Segundo ele, a imunização é essencial para evitar o agravamento da doença.
Conforme dados divulgados na última sexta-feira (04/11), no Amazonas, 227 mil pessoas ainda não haviam tomado nenhuma dose da vacina. Enquanto 227.180 pessoas estão com a segunda dose em atraso; 630.342 sem a terceira dose e 227 mil não tomaram a quarta dose.
