Em São Gonçalo dos Campos, no estado da Bahia, uma mulher de 59 anos foi resgatada pela Auditoria Fiscal do Trabalho de uma situação análoga à escravidão.
O resgate foi feito por auditoras-fiscais do trabalho em 30 de novembro. Contudo, o caso só foi divulgado nessa quarta-feira (07/12).
Segundo informações da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, a mulher de 59 anos vivia na residência no qual trabalhava como empregada doméstica há quase 35 anos.
Ela cuidava da casa sem receber nenhum tipo de direito trabalhista ou ao menos um salário. Conforme os responsáveis pelo local, ela fazia um serviço voluntário e que não era um trabalho em si.
Durante inspeção na moradia, foram constatadas diversas violações de direitos, maus-tratos, violências psicológicas foram relatadas.
A fiscalização não terminou no local e a negociação para pagamento dos salários e direitos atrasados segue aberta, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.
A vítima foi aposentada, pela família no qual trabalhava, judicialmente por invalidez e a fazer contribuições previdenciárias em seu nome como contribuinte individual. Entretanto, desde o início do recebimento do benefício, a doméstica não administrou o dinheiro em sua conta.
A família era quem administrada as contas bancárias dela. Valores entre R$ 50 a R$ 100 por mês para a mulher para ser usado, segundo eles, para higiene pessoal, vestuário e comida.
A mulher foi encaminhada para acolhimento e cuidados necessários em um abrigo e segundo as autoridades, ela pode morar com a própria família quando estiver em condições para isso.