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Boate Kiss: prédio é demolido para construção de memorial das 242 vítimas

O edifício que foi a fonte de uma das maiores tragédias do Brasil, o incêndio na boate Kiss em Santa Maria (RS) no dia 27 de janeiro de 2013, começou a ser demolido nesta quarta-feira (10/7). Após um ano e seis meses da tragédia, partes da estrutura serão removidas para construir um memorial em homenagem às 242 vítimas, aos 636 feridos e seus familiares.

A construção do memorial começa nesta quarta-feira às 9h, com término previsto para as 17h. Estavam presentes familiares, sobreviventes, autoridades públicas e habitantes do município.

Gabriel Barros, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, leu uma carta no início do evento. Funcionários públicos e autoridades falaram depois, bem como engenheiros e arquitetos que trabalharam no memorial da Kiss.

“A gente entende que o memorial, para além de uma construção feita de tijolo e cimento, é uma construção que se inicia na palavra e carrega muito a história consigo”, afirma o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Gabriel Rovadoschi Barros.

O letreiro e o portão da casa noturna foram removidos para fazer parte do acervo do memorial. A combinação desses recursos adicionais deve resultar em uma exposição itinerante com o objetivo de preservar a memória e aumentar a conscientização pública sobre a tragédia.

Confira como será a primeira etapa da obra:

  • Definição dos itens que farão parte do acervo do memorial da AVTSM;
    Remoção do telhado;
  • Classificação dos resíduos que permanecem no local para retirada de uma empresa especializada;
  • Abertura de um espaço na entrada central para ingresso de máquinas.
  • Nos últimos dias, a empresa responsável fez a remoção de alguns itens e colocou tapumes em torno da fachada.

O memorial deve ser entregue no prazo de oito meses.

Felipe Zene Motta, um arquiteto de São Paulo, foi o autor do projeto vencedor do memorial.Sua proposta inclui a criação de um jardim central e um edifício térreo que são fáceis de construir e manter.

O memorial ocupará 383,65 metros quadrados e terá três salas: um auditório com capacidade para 142 pessoas, uma sala multiuso e uma sala onde a AVTSM ficará sediada. Além disso, no centro haverá um jardim circular rodeado por 242 pilares de madeira, cada um representando uma das vítimas. Os nomes das vítimas serão gravados nos pilares, que também servirão como suportes para flores.

“Hoje, a ruína da boate é um monstro que todos associam imediatamente à tragédia. O memorial busca transformar esse local em um espaço que transmita paz e algum conforto para os familiares, sem apagar a memória da tragédia”, afirma o arquiteto.

O projeto foi escolhido em 10 de abril de 2018, após um concurso de 121 propostas de 14 estados brasileiros. Em 27 de janeiro de 2018, no dia em que a tragédia completou cinco anos, ocorreu a iniciativa.

COLUNISTAS

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