Em 2025, a montadora chinesa BYD firmou um contrato de comodato não oneroso com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), similar ao acordo realizado com a Presidência da República em 2024. Nesse contrato, a BYD cedeu 20 veículos elétricos do modelo Seal, avaliados em R$ 300 mil cada, ao STJ sem custos. O contrato terá validade de dois anos, e a entrega dos carros está prevista para fevereiro.
Conforme o jornal O Globo, o STJ aceitou a oferta da BYD para testar os carros elétricos, considerando ser uma chance de incentivar a inovação tecnológica, reafirmar o compromisso com a sustentabilidade e contribuir para a redução de impactos ambientais, já que os veículos não emitem dióxido de carbono. A Corte destacou que o comodato não gera custos e que a medida pode ser vista como uma estratégia de marketing da montadora para aumentar sua visibilidade, além de aproximar seus veículos de possíveis compradores, como servidores públicos e usuários do serviço público.
No ano anterior, a BYD já havia cedido um veículo do modelo Tan à Presidência da República, avaliado em aproximadamente R$ 450 mil. Esse contrato, inicialmente válido por um ano, foi prorrogado até 2026, com a adição de um veículo modelo Dolphin. Em outubro de 2024, a montadora firmou outro contrato de comodato com o Tribunal de Contas da União (TCU), cedendo nove veículos modelo Seal.
Além disso, com a reforma tributária de 2023, o governo prorrogou até 2032 os incentivos fiscais para montadoras situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, beneficiando empresas como a BYD. Esses incentivos, que custam cerca de R$ 5 bilhões por ano aos cofres públicos, foram apontados por auditorias como tendo baixo impacto socioeconômico e não cumprindo o objetivo de promover o desenvolvimento regional.
