Na sessão da última quarta-feira (10) da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, a deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), presidente do colegiado, decidiu não discutir uma moção de desaprovação contra Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula (PT), que foi acusado de agredir sua ex-esposa.
A proposta inicial de repúdio, apresentada pela deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) na semana anterior, foi deixada de lado por Ana Pimentel, que impediu outras deputadas de questionarem a retirada da pauta, gerando críticas sobre a atitude de silenciar a discussão sobre as agressões cometidas por Luís Cláudio Lula da Silva contra sua ex-mulher, Natália Schincariol.
Após a reunião, já com o microfone funcionando, a deputada do Amapá recordou a indignação com a ação do deputado federal Delegado da Cunha (PP-SP), que também foi acusado de agredir a esposa.
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) questionou a seletividade da colega do PT ao escolher quais agressores mereciam ou não ser censurados pela comissão da mulher na câmara e ressaltou a falsidade de algumas deputadas de esquerda em casos de violência contra mulheres: “É antagônico. Nós lutamos pela liberdade de detentos, mas eles merecem uma segunda chance? Mulheres mortas não tiveram segunda chance. Mulheres agredidas não têm segunda chance”, concluiu.