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FAB desiste da compra de cargueiros militares e gera crise com a Embraer

Comandante da Força afirmou que empresa não aceitou a proposta financeira da Aeronáutica por 28 aviões

A Força Aérea Brasileira (FAB) reduziu de forma unilateral a encomenda dos cargueiros militares KC-390 da Embraer, ato inédito que expôs seu incômodo na relação de 52 anos com a empresa, abrindo uma crise sem precedentes. A empresa disse que vai estudar “medidas legais” acerca do caso, reiterando sua confiança na qualidade e potencialidade do avião.

A aeronave é a maior aposta no setor de defesa da Embraer e uma compra governamental inicial robusta é necessária para alavancar sua exposição no mercado externo —o KC-390 já foi comprado por Portugal e Hungria, membros da Otan (clube militar ocidental), e está ofertado a outros países.

A informação foi adiantada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em texto publicado no site da FAB nesta sexta-feira (12), o comandante da Força, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, afirmou que a decisão “indesejável” ocorreu por responsabilidade da Embraer.

Segundo ele, quando a Aeronáutica informou que a restrição orçamentária sobre programas estratégicos do governo Jair Bolsonaro (sem partido) afetaria a compra dos KC-390, em abril, foram abertas negociações com a empresa.

Baptista Junior diz que as conversas se estenderam além do prazo inicial, agosto, chegando a uma data limite na quinta (11). “A Embraer informou a não aceitação da proposta da Aeronáutica”, diz o chefe militar.

A empresa, que nasceu do ventre da FAB em 1969 e foi privatizada em 1994, vai avaliar “medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos, bem como avaliará os efeitos da redução dos contratos em seus negócios e resultados”, segundo disse em nota Antonio Carlos Garcia, vice-presidente financeiro. Até agora, quatro KC-390 foram entregues à Força.

Com a decisão da FAB, a encomenda inicial de 28 aviões cairá para 15, um processo que ocorrerá “dentro dos limites previstos na lei”. Ainda não é público o que isso significa em termos de dispêndio com o programa, que consumiu R$ 720 milhões em 2020.

Pelo contrato assinado em 2014, os 28 aviões seriam comprados por R$ 7,2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões hoje, corrigidos pela inflação). Não está claro se o valor seguirá o mesmo para as 15 unidades ou se haverá uma redução no valor.

Como o título em tom de questionamento do artigo do brigadeiro Baptista Junior indica, “FAB e Embraer: caminhos futuros em prol de interesses convergentes?”, o mal-estar é enorme.

Com informações do jornal Folha de S.Paulo

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