Incêndios em SP têm 3 presos e 48 cidades em alerta

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De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo governo de São Paulo na noite desse domingo (25/8) o número de cidades afetadas por incêndios criminosos no interior do estado de São Paulo aumentou de 46 para 48. Esta semana, o gabinete de emergência criado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na cidade de Ribeirão Preto, que é a região mais afetada pelas queimadas, permanecerá em funcionamento.

Tarcísio disse na manhã desta segunda-feira (26/8) que três pessoas foram presas por causa de incêndios no interior. O primeiro foi preso em São José do Rio Preto, enquanto o segundo foi preso em Batatais, na região de Ribeirão. A Defesa Civil Estadual informa que, no momento, não há mais focos de incêndio em operação.

“Ontem (24/8), tivemos um criminoso preso na região de Rio Preto, ateando fogo de forma criminosa. Agora, uma pessoa em Batatais que já tinha passagem pela polícia, utilizando gasolina”, afirmou o governador em coletiva de imprensa no domingo.

O homem preso em Batatais é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e chegou a gravar vídeo comemorando a ação criminosa, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

A PM prendeu Alessandro Arantes, de 42 anos, no momento em que ateava fogo em uma área de mata em Batatais, na região de Franca. Segundo a polícia, uma equipe do 15º Batalhão foi acionada por moradores, que viram a ação do criminoso e fizeram a denúncia.

Os policiais militares chegaram ao local quando o fogo já se alastrava pela mata. Arantes ainda tentou escapar, mas acabou detido durante a fuga.

Logo após a prisão, o homem preso em flagrante disse que faz parte do PCC e teria mostrado um vídeo em que comemorava o fato de atear fogo na mata. Segundo a polícia, Arantes tem passagens por roubo, furto, homicídio e posse de droga.

Segundo Tarcísio, são três os fatores que levaram aos incêndios que deixaram 48 cidades em alerta máximo e o estado em situação de emergência. O primeiro, são as condições climáticas. “Ventos fortes, baixíssima umidade relativa do ar, estiagem prolongada e muito calor. Então, qualquer coisa gerava uma ignição. Qualquer coisa, um caco de vidro, um alumínio que pode provocar ignição e começar esses incêndios”, disse.

O governo federal, por meio das Forças Armadas, enviou sete aeronaves, incluindo um KC-390, para ajudar no combate às queimadas. Também estão em operação outras dez aeronaves da Polícia Militar, além de 614 viaturas do Corpo de Bombeiros e 1.936 caminhões-pipa, entre mais de 3 mil veículos empregados na operação, contando equipamentos do estado e fornecidos por empresas da região.

Cidades em alerta máximo:

  • Monte Alegre do Sul
  • Alumínio
  • Santo Antônio do Aracanguá
  • Piracicaba
  • Pontal
  • Monte Azul Paulista
  • Sertãozinho
  • Torrinha
  • Santo Antônio da Alegria
  • Nova Granada
  • Iacanga
  • Taquarituba
  • Coronel Macedo
  • Ubarana
  • Pompeia
  • Boa Esperança do Sul
  • Pitangueiras
  • Salmourão
  • Lucélia
  • Poloni
  • Dourado
  • Sabino
  • Jaú
  • Pirapora do Bom Jesus
  • Itápolis
  • Itirapina
  • Bernardino de Campos
  • São Simão
  • Presidente Epitácio
  • Bebedouro
  • Bananal
  • São Luís do Paraitinga
  • Ibitinga
  • Tabatinga
  • Brodowski
  • Luís Antônio
  • Pedregulho
  • Tambaú
  • Urupês
  • Turiúba
  • Arealva
  • Pradópolis
  • Altinópolis
  • Paulo de Faria
  • Águas da Prata
  • Morro Agudo
  • Batatais
  • Barrinha

Na sexta-feira (23/8), dois funcionários de uma usina morreram após tentarem combater um incêndio em Urupês, no interior de São Paulo, segundo a Defesa Civil.

De acordo com a SSP, as vítimas, de 30 e 48 anos, estavam em um caminhão tentando apagar um foco de incêndio em uma área de pasto, quando o motorista perdeu o controle, ocasionando o vazamento de combustível que resultou no incêndio do veículo.

Os dois trabalhavam como brigadistas na usina.

A forte frente fria que chegou a São Paulo provocou chuvas que favorecem a limpeza da atmosfera, que ficou coberta de fumaça após as queimadas que atingem o interior do estado. Em muitas regiões, a fumaça foi dissipada pela chuva.

De acordo com o meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo, “a água da chuva limpa a atmosfera e joga a fuligem da fumaça das queimadas para o solo”. Além disso, ele explicou que “temperaturas mais frescas ajudam na não propagação das queimadas”.

A previsão é de que o começo da semana seja ainda mais frio do que no domingo, com possibilidade de quebra de recorde de temperatura mínima no ano, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

A segunda-feira deve ter temperatura mínima de 7°C e a máxima não vai passar dos 14°C na capital, mesmo com a possibilidade de sol ao longo do dia. Os ventos gelados que sopram do oceano devem manter a sensação de frio ao longo do dia.

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