A Latam, foi condenada a pagar uma indenização de mais de R$ 40 mil a um passageiro que teve que deixar suas duas cadelas, Hanna e Maya, nos Estados Unidos durante cinco meses devido à falta de assistência da companhia. Claudio de Barros Santos foi informado pela TAM sobre a antecipação do seu voo de Orlando para o Rio de Janeiro em março de 2020. Ao chegar ao aeroporto, descobriu que o voo havia sido cancelado e, como tinha uma cirurgia marcada no Rio, comprou uma nova passagem na Azul, que não permitia o transporte das cadelas.
O passageiro deixou as cadelas com sua filha em Orlando e tentou várias vezes trazê-las de volta ao Brasil, mas a TAM cancelou o voo por três vezes e, por fim, descontinuou a linha para Orlando. A companhia aérea exigiu que as cadelas viajassem acompanhadas por duas pessoas na cabine do avião devido à pandemia de COVID-19. O passageiro comprou oito bilhetes de ida e volta para as amigas das cadelas e enfrentou várias remarcações das passagens. Após cinco meses, contratou a empresa “1001 transportation” para trazer as cadelas ao Brasil, gastando cerca de R$30 mil.
Claudio de Barros Santos processou a Latam por danos morais e materiais. A decisão da 18ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou que a empresa pague uma indenização de R$40.785,42, corrigida monetariamente. A Latam alegou que a responsabilidade pelo transporte das cadelas era da Azul e que o passageiro deveria ter feito um contrato com uma empresa especializada em transporte de animais. No entanto, a juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro afirmou que a Latam tinha a obrigação de prestar assistência ao passageiro e não cumpriu seu dever de informação e orientação, causando danos morais e materiais.
Informações do Globo
