Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta terça-feira

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Agência Senado

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi convocado pela Polícia Federal para prestar um novo depoimento nesta terça-feira (19/11), às 14h, na sede da instituição em Brasília. A notificação acontece depois que a Polícia Federal recuperou informações que haviam sido eliminadas dos dispositivos eletrônicos de Cid, conforme revelado pelo Metrópoles.

O objetivo da Polícia Federal é questionar o tenente-coronel acerca de possíveis falhas em sua colaboração premiada, que está sendo reexaminada pelos investigadores.

Cid assinou um acordo de colaboração com a Polícia Federal, sob a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em setembro de 2020. Contudo, o tenente-coronel criticou sua própria delação, declarando que foi pressionado a “confirmar a versão deles”, o que resultou na prisão de Cid novamente, sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações.

Posteriormente, ele foi libertado dois meses após confirmar ao STF o teor da sua delação e a sua participação voluntária nos depoimentos.

Em um comunicado, a defesa de Mauro Cid declarou que ele “sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a todas as perguntas que lhe eram feitas.” Se ainda restar alguma dúvida, ele a esclarecerá prontamente.

A Polícia Federal conseguiu recuperar os documentos por meio de um programa israelense de perícia. De acordo com os investigadores, a descoberta dessas informações atrasou a conclusão da investigação sobre a suposta conspiração golpista supostamente orquestrada no Palácio do Planalto ao término do mandato de Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal está investigando para determinar se o ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizou a máquina estatal para dar um golpe de Estado que o manteria no poder e impediria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O acordo de delação estabelece o dever do delator de revelar tudo o que sabe sobre o caso. Se essa condição não for satisfeita, os benefícios da delação podem ser anulados.

Fonte: Metrópoles

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