PF deflagra operação contra esquema de espionagem da Abin

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Agência Brasil

Nesta quinta-feira, 11 de julho, a quarta fase da Operação Última Milha foi iniciada pela Polícia Federal. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas e produzia notícias falsas usando sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo, os policiais federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal.

Atualmente, as investigações mostraram que jornalistas e membros dos Três Poderes foram alvos de ações do grupo, como a criação de perfis falsos e a divulgação de informações deliberadamente falsas.

Além disso, a organização criminosa acessou ilegalmente infraestrutura de telecomunicações, computadores e aparelhos de telefonia para monitorar agentes públicos e pessoas.

O crime de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio são todos crimes pelos quais os investigados podem ser responsabilizados.

Em 20 de outubro de 2023, a PF começou a Operação Last Mile para investigar o uso ilegal do sistema de geolocalização de celulares por servidores da Abin.

Os policiais cumpriram dois mandados de prisão e vinte e cinco mandados de busca e apreensão, bem como várias medidas cautelares de prisão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Rodrigo Colli, que trabalhava na agência na área de contrainteligência cibernética, foi um dos presos. O oficial de inteligência Eduardo Arthur Izycki era o outro.

O deputado federal e ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, um desdobramento da Última Milha, em 25 de janeiro deste ano. No gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional dele em Brasília, policiais federais realizaram buscas.

A Operação Vigilância Aproximada investigou outros policiais federais além de Ramagem, delegado da PF, por suspeita de integrar uma organização criminosa que se instalou na Abin. O objetivo da operação era monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando um software espião chamado FirstMile.

As investigações descobriram que Ramagem teria autorizado os monitoramentos sem apoio técnico.

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