Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal conduz uma operação em relação a um grupo que, em um ano, causou prejuízo de, pelo menos, R$ 40 milhões à Caixa Econômica Federal.
Existem 18 mandados de busca e apreensão sendo executados em 13 locais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde. A reportagem diz que advogados e funcionários públicos são os alvos.
Ao longo da operação, também foram determinados o bloqueio das contas bancárias utilizadas pelos investigados, o sequestro de 48 residências e 44 carros pertencentes ao grupo criminoso e a constrição de criptoativos. Até as 7h30, oito relógios de luxo, dois carros e uma moto já haviam sido apreendidos.
As descobertas da investigação indicam que um grupo de empresários, advogados e funcionários da Caixa usaram documentos falsos e corruptaram profissionais qualificados para obter financiamentos agropecuários.
“Essa operação começou quando um cartório recusou uma cédula com indícios de falsificação. A partir daí, a Caixa foi comunicada, fez apuração preliminar, constatou fraude e remeteu o caso para a PF. Começamos as investigações e vimos que havia pelo menos mais 15 cédulas falsas e identificamos elementos da organização criminosa”, explica o delegado de Polícia Federal Vitor Bueno Cardoso, coordenador da operação.
Os documentos falsos apresentados incluíam identidades, contra-cheques, CPFs e cédulas de crédito rural falsas para a Caixa Federal.
Em 2022 e 2023, houve um prejuízo superior a 40 milhões de dólares. A organização criminosa, a lavagem de dinheiro e a corrupção estão sob investigação do grupo. Os crimes que foram cometidos podem resultar em uma pena de prisão superior a 42 anos.
O nome da operação “Paper Land” se refere a imóveis rurais que foram dados em garantia hipotecária em operações financeiras fraudulentas e cuja existência era apenas documental.