A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou, em balanço divulgado na manhã desta sexta-feira (10), que chegou a 113 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que castigam o estado desde o início da semana passada. Há ainda 756 feridos e 146 desaparecidos.
Um óbito segue em investigação pelas autoridades do estado, para que seja esclarecido se a morte tem ou não relação com os eventos climáticos.
Na manhã de hoje (10), 75 trechos em 47 rodovias permaneciam com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.A rotina das escolas do estado também foi afetada. No total, 338.744 alunos foram impactados pelas cheias e 444 escolas foram danificadas, nas quais estudam mais de 184 mil pessoas.
Enquanto diversos municípios lidam com as consequências da enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul, a previsão do tempo indica que até segunda-feira (13) pode chover o dobro da média do mês de maio em grande parte do estado, segundo a Climatempo.
A série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostra que no mês de maio a média de chuva no estado gaúcho é de 140 a 180 milímetros. No litoral Sul, a média fica entre 100 e 140 milímetros. Desta sexta (10) até segunda-feira (13), porém, a previsão da Climatempo é de que alguns municípios acumulem até 330 milímetros de chuva.
Segundo o instituto de meteorologia, a região mais afetada deve ser a Serra Gaúcha — onde nascem rios que seguem para os Vales do Jacuí e Taquari e foram fortemente atingidos pelos temporais dos últimos dias.
Desalojados
A quantidade de pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul mais que dobrou em 24 horas, passando de mais de 163 mil na quarta-feira (8) para 327.105 nesta quinta-feira (9), conforme o último boletim da Defesa Civil estadual, com dados divulgados às 18h.
São pessoas que tiveram, em algum momento, deixar suas casas e buscar abrigo nas residências de parentes, amigos ou em abrigos públicos. Os abrigos do estado receberam 68.519 pessoas.