A Justiça Federal de São Paulo condenou o humorista Léo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por fazer piadas com conteúdo preconceituoso contra minorias. A sentença, da 3ª Vara Criminal Federal, foi publicada na última sexta-feira (30).
O caso diz respeito a um vídeo publicado no canal de Lins no YouTube, em que ele faz comentários considerados discriminatórios por diversos trechos do Ministério Público Federal (MPF). O material atingiu cerca de 3 milhões de visualizações.
Além da pena de prisão, o comediante foi condenado ao pagamento de multa no valor de 1.170 salários mínimos de 2022 — cerca de R$ 1,4 milhão — e a uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
A Justiça considerou como agravante o fato de as declarações terem sido feitas em contexto de entretenimento. “O réu admitiu o teor preconceituoso das piadas, demonstrou desprezo pelas possíveis reações das vítimas e afirmou saber que poderia enfrentar consequências legais”, diz trecho da decisão.
A defesa ainda pode recorrer da sentença.