O príncipe Harry, 38 anos, testemunhou nesta terça-feira, 6, em uma audiência em Londres contra um tabloide britânico, alegando o “sofrimento” causado por centenas de artigos publicados por um jornal sensacionalista que teria coletado informações sobre ele de forma ilegal. Ele se tornou o primeiro membro da família real em um século a depor na justiça. O processo envolve o Mirror Group Newspapers (MGN), editor do jornal Mirror e da revista Sunday People, e foi movido pelo príncipe, dois atores de televisão e a ex-esposa de um comediante, que acusam o veículo de obter detalhes sobre suas vidas entre 1996 e 2011 por meio de métodos ilegais, incluindo invasão de celulares.
Durante seu depoimento perante a Alta Corte de Londres, Harry, relatou que mais de milhares de artigos foram escritos sobre ele desde que tinha 11 anos, e cada um deles causou sofrimento. Ele mencionou informações que remontam a mais de 20 anos e que não consegue recordar com precisão. Harry também destacou como esses artigos afetaram sua vida enquanto crescia, prejudicando suas relações e levando-o a reduzir seu círculo de amizades. Embora não tenha fornecido provas concretas das acusações, o príncipe expressou sua desconfiança em relação à imprensa e enfatizou que a reputação do Reino Unido foi prejudicada pelos vínculos entre a mídia e o governo.
Esta foi a primeira visita de Harry ao país desde a cerimônia de coroação de seu pai, em 6 de maio, na qual compareceu sem sua esposa, Meghan Markle. O processo contra o MGN teve início em maio, quando o jornal reconheceu “alguns indícios” de coleta ilegal de informações sobre o príncipe Harry em uma única ocasião e pediu desculpas. No entanto, o caso continua a analisar as acusações e os impactos causados pela relação entre a imprensa e o governo do Reino Unido, conforme expressado pelo duque de Sussex durante seu testemunho.
Fonte: Jovem Pan